Liturgia para a Quinta-Feira da Paixão – Culto Eucarístico

Liturgia para a Quinta-Feira da Paixão – Culto Eucarístico

LITURGIA DE ABERTURA

Acolhida
(Dar as boas-vindas às pessoas que chegaram ao local da reunião cultual, também aos visitantes; localizar o culto no contexto do Tríduo e convidar para virem às outras celebrações; esclarecer como será o culto: sermão bem no começo, explicar os utensílios que estão preparados ali, o lava-pés do grupo representativo; o avental; convidar para que as pessoas digam junto: “Amém” quando este for dito. Com esta pequena palavra, de origem hebraica, está-se dizendo: Sim, que assim seja; ensaiar os cantos desconhecidos).

HINO:

Sermão:

HINO:

Confissão de pecados:
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Confessemos o nosso pecado diante de Deus e na presença das irmãs e dos irmãos aqui reunidos. Coloquemos nessa confissão aqueles atos e pensamentos com os quais ferimos e impedimos a nossa vida comunitária. Tomemos um tempo no qual, em silêncio, refletimos sobre esses atos e pensamentos com os quais prejudicamos nossa vida comunitária.
C.: (Reflete em silêncio. Ao final, canta:)
/: Perdão, Senhor, perdão! :/
Confessemos também que, muitas vezes, estivemos ocupados com nossos problemas comunitários internos, investindo energia e esforços apenas para dentro de um pequeno círculo da comunidade cristã, e não nos engajamos no projeto de amor de Deus. Muitas vezes, perdemos nosso sono e nossa disposição com coisas que reconhecemos serem secundárias, e falhamos no testemunho que devemos ao mundo, testemunho de amor, de unidade e de solidariedade. Tomemos um tempo para, em silêncio, refletir sobre nossa omissão para com o todo do projeto de amor de Deus.
C.: (Reflete em silêncio. Ao final, canta:)
/: Perdão, Senhor, perdão! :/

Misericordioso Deus:
Confessamos que estamos escravizados e escravizadas pelo pecado e não podemos libertar-nos por nós mesmos. Falhamos em pensamentos, palavras e atitudes, pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Não temos amado de todo o coração; não temos feito o bem quando esse esteve ao nosso alcance. Temos nos empenhado por coisas secundárias em detrimento do que é prioritário. Estamos arrependidos e arrependidas. Por amor de teu Filho Jesus Cristo, tem compaixão de nós. Perdoa-nos, renova-nos, torna-nos sensíveis para nosso próximo, dirige-nos para que andemos nos teus caminhos, para a glória de teu santo nome. Amém.

Absolvição
Pela misericórdia de Deus, Jesus Cristo nos foi dado para morrer por nós e, por seus méritos, Deus nos perdoa todos os nossos pecados. A todos vós, os que verdadeiramente estais arrependidos, eu vos declaro: estão perdoados os vossos pecados: em nome do Pai, e do (†) Filho, e do Espírito Santo. Amém

Gesto da paz
Somos comunidade de Jesus Cristo e necessitamos reconciliar-nos uns com os outros. Com o gesto da paz, queremos expressar nosso desejo de que a paz de Cristo reine entre nós. Saudemo-nos mutuamente com um aperto de mão ou um abraço, desejando-nos a paz de Cristo.

Oração do dia
Oremos: Santo Deus, fonte de todo amor. Na noite em que Jesus foi traído, ele deu a seus discípulos um novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”. Por meio de teu Espírito Santo, grava esse mandamento em nossos corações. Por Teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.
Amém.

HINO:

LITURGIA DA PALAVRA
E RITO DO LAVA-PÉS

Leituras Bíblicas: Jr 31.31-34 Sl 116.10-17

A mais antiga narrativa da última ceia de Jesus com seus discípulos encontramos numa das epístolas do apóstolo Paulo à comunidade de Corinto. O apóstolo admoesta essa comunidade porque ela celebra a Ceia do Senhor, vivendo, simultaneamente, em desunião. A comunidade estava dividida, não partilhava, de forma cristã, os bens materiais e abandonara a prática da solidariedade cristã. Ouçamos esse texto, que se encontra na Primeira Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, no capítulo 11 (1Co 11.17-32)

Leitura do Evangelho Jo 13.1-17,34

Lava-pés ( preparação do ambiente)

Oração de Intercessão
Um dos serviços que a comunidade cristã presta, desde as suas mais remotas origens, é o serviço de interceder pelos outros. Realizemos, pois, esse serviço. As pessoas da comunidade que quiserem podem manifestar-se em voz alta. Ao final, quem intercede dirá: Senhor, em tua bondade; ao que todos responderão: Senhor, escuta a nossa oração. Coloquemo-nos de pé e oremos.
(...Senhor, em tua bondade)
C.: escuta a nossa oração.

HINO:


LITURGIA DA EUCARISTIA

Toda vez que a comunidade cristã se reúne em culto, ela expressa concretamente seu compromisso em favor da vida na partilha de bens materiais. Convidamos as pessoas presentes a darem a sua oferta de gratidão a Deus. A oferta deste culto se destina ...

C.(canta): Não se deve dizer ( elementos da ceia são trazidos para o altar)

Oração eucarística
L.: O Senhor esteja com vocês.
C.: E com você também.
L.: Vamos elevar a Deus nossos corações.
C.: Ao Senhor os elevamos.
L.: Vamos dar graças a Deus em oração?
C.: Sim, pois é justo que demos graças a Deus.

Prefácio
Sim, é digno, justo e do nosso dever que em todos os tempos e lugares rendamos graças a ti, Deus eterno e todo-amoroso, por Jesus Cristo, nosso Senhor. Pois ele, poucas horas antes de sofrer a violência e a crueldade da morte de cruz, proporcionou um encontro de intensa comunhão com sua comunidade de discípulos e deixou claro que o amor e o serviço devem reger as comunidades que se identificam com o seu nome. Por isso, com toda a tua Igreja e os coros celestiais, louvamos e adoramos teu glorioso Nome, cantando o sempiterno hino:

Sanctus
C.: Santo, santo, santo, santo é o senhor! Santo, santo, santo, digno de louvor!
Terra e céu proclamam seu eterno amor: santo, santo, santo, santo é o senhor!

Anamnese
Graças te damos, Senhor, pela dádiva de Teu Filho.
Jesus, sendo Deus, não exigiu para si os direitos de ser divino; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de ser humano; dedicou-se e empenhou-se em favor das pessoas excluídas, questionando a estrutura de dominação que existe entre as pessoas. E Jesus deixou dito que a comunidade de seus seguidores terá a marca do servir, do servir motivado pelo amor. Jesus foi obediente, obediente até a morte, e morte de cruz. Mas tu, Senhor, não o abandonaste na morte, mas o ressuscitaste, e ele subiu ao céu para estar à tua direita.

Narrativa da Instituição
Lembramos e queremos recontar, Senhor, o que aconteceu na última noite em que Jesus ceou com sua comunidade de discípulos, e o fazemos, cantando:

L.: Nosso Senhor, C.: na noite em que foi traído,
L.: tomou o pão, C.: o pão que a todos dá vida.
L.: Nosso Senhor, C.: na noite em que foi traído,
L.: tomou a taça C.: de vinho que nos dá vida.
L.: Comam e bebam C.: os dons de minha memória
L.: comam e bebam C.: para andar em nova vida.


Epiclese
Envia-nos, Senhor, o teu Santo Espírito, o Espírito de nosso Senhor e de sua ressurreição, para que, partilhando o pão da vida e o cálice da salvação, nos tornemos, em Cristo, um só corpo que anuncia a tua morte e a tua ressurreição.

C.: Vem, Espírito Santo, vem. vem nos congregar :/
De todas as línguas vem nos reunir. Na unidade vem nos reunir.
Vem, Espírito Santo, vem. Vem nos congregar.

Lembra-te de todas as pessoas que nos antecederam e que se empenharam por ser comunidade que serve. Guia-nos, pois, à festa da alegria, preparada para todo o teu povo, em tua presença, a qual esperamos com alegria e fé.

Doxologia
C.: Por Cristo, com Cristo e em Cristo, seja a ti, Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e sempre. Amém.

Pai-Nosso

Fração (1Co 10.16s)
O cálice, pelo qual damos graças, é a comunhão do sangue de Cristo;
o pão, que partimos (quebrá-lo ao meio), é a comunhão do corpo de Cristo.
C.: Nós, embora muitos, somos um só corpo.

Agnus Dei
C.: /: Ó Jesus, cordeiro, tiras o pecado e o mal – tem piedade :/
Ó Jesus, cordeiro, tiras o pecado e o mal – tua paz concede. Amém.

Comunhão
Venham, pois tudo já está preparado!

Oração pós-comunhão
Graças te damos, bondoso Senhor, que nos restauraste através desta comunhão. Que essa Ceia nos renove para a atitude de solidariedade e para a prática do bem. Por Cristo, que nos proporcionou o exemplo maior do amor incondicional. Amém.



LITURGIA DE DESPEDIDA
DESNUDAMENTO DO ALTAR

Convite para a continuação do Tríduo

Desnudamento do altar
Após a última ceia com sua comunidade de discípulos, Jesus foi preso pela guarda romana, foi interrogado, açoitado e despido. E assim, com o mínimo de vestes, foi pregado na cruz. Como sinal desse despojamento que Cristo sofreu, vamos agora retirar todos os paramentos e ornamentos da mesa do altar. A mesa permanecerá assim até o culto em que celebraremos a ressurreição de Jesus. Ouçamos uma música enquanto o altar é desnudado.
Convido a comunidade a ler e refletir sobre as palavras do Salmo 22. A leitura será feita de forma responsiva. A comunidade lerá o que está em negrito e pode permanecer sentada. Após a leitura, sairemos em silêncio.
Salmo 22.1-11,16-19 (adaptado)

L.: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
C.: apesar de meus gritos, minha prece não te alcança.
L.: Deus meu, clamo de dia, e não me respondes;
C.: também de noite, porém, não tenho sossego.
L.: e tu habitas no santuário,
C.: onde Israel te louva!
L.: nossos antepassados confiaram em ti;
C.: confiaram, e tu os livraste.
L.: a ti clamaram, e ficaram livres;
C.: confiaram em ti e não se desapontaram.
L.: quanto a mim, eu sou verme, e não homem;
C.: riso de todos e desprezado do povo.
L.: todos os que me vêem zombam de mim;
C.: abrem a boca e balançam a cabeça:
L.: “ele confiou no senhor! pois que ele o salve,
C.: que o liberte, se é que o ama de fato!”
L.: contudo, tu és quem me fizeste nascer;
C.: e me preservaste, estando eu ainda no seio de minha mãe.
L.: a ti me entreguei desde o meu nascimento;
C.: desde o ventre de minha mãe tu és o meu deus.
L.: não fiques longe de mim,
C.: porque a angústia está próxima
e não há ninguém para me socorrer.
L.: cães me cercam e um bando de malfeitores me rodeia;
C.: traspassaram-me as mãos e os pés.
L.: posso contar todos os meus ossos;
C.: eles estão me olhando e me encarando.
L.: repartem entre si as minhas vestes,
C.: e sorteiam a minha túnica.
L.: tu, porém, senhor, não te afastes de mim;
C.: força minha, vem socorrer-me depressa!