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Lucas 24.36b-48
Cristão Luterano :: Liturgias e Prédicas - COMENTÁRIOS BÍBLICOS :: Prédicas - alocuções - homilias para o Ano litúrgico
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Lucas 24.36b-48
Lucas 24.36b-48
3º Domingo da Páscoa, 22.04.2012
Graça e paz daquele que foi, que é e sempre será o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém.
Prezada comunidade!
Se
alguém entrasse aqui, neste instante, gritando que Jesus está chegando e
que virá imediatamente para cá a fim de agradecer pelo fato de estarmos
aqui reunidos em seu nome, o que você diria a esta pessoa? Você diria a
ela obrigado por trazer tão maravilhosa notícia? Ou diria: Vai se
tratar você é uma pessoa louca que não sabe o que o que está dizendo?
Certamente
você e eu optaríamos pela segunda resposta. Teríamos dificuldades em
acreditar que algo tão maravilhoso viesse acontecer justamente aqui.
Temos dificuldades em acreditar em boas notícias, tanto que um ditado
popular diz que "quando a esmola é grande até os santos desconfiam".
Com
os discípulos de Jesus não foi diferente. Eles também não queriam crer
que o Mestre havia ressuscitado. Por isso, não o reconhecem. E quando
Ele os saudou se assustaram pensando que ele era um fantasma. Para
provar que Ele era o Cristo Ressurreto, Jesus deixou que o tocasse,
mostrou as marcas da crucificação nas mãos e nos pés e ainda pediu algo
para comer.
De modo semelhante os israelitas não quiseram
acreditar naquilo que seus olhos viram quando da cura de um coxo que
todo dia era levado para um dos portões do Templo. Ficaram assombrados e
tinham os olhares atônitos fixos em Pedro e João. Assim nós lemos no
livro dos Atos. Às vezes é difícil crer naquilo que os olhos enxergam.
Assim
como foi necessário Jesus abrir a mente dos discípulos, assim é
necessário que também a nossa mente seja aberta a fim de que
compreendamos o que realmente aconteceu naquele dia de Páscoa. Só assim
entenderemos que a cruz não foi um crime passional, mas tudo já havia
sido premeditado por Deus. Isso não quer dizer que Deus queria ver o
sofrimento de Cristo, mas era esta a forma de derrotar o Maligno e
garantir a nossa salvação. A doação da vida de Jesus era algo que o
Diabo não esperava e ali ele sofreu sua maior derrota.
Há pouco
mais de quinze dias, lembrávamos do sofrimento que Cristo passou para
que os nossos pecados fossem perdoados. Certamente, neste período,
voltamos a pecar e a pedir perdão, como fizemos hoje no início deste
culto. Isso nos mostra que como seres humanos continuaremos pecando e
necessitando do perdão de Deus. É em momentos como estes que somos
chamados a analisar nossa conduta como filhos e filhas de Deus. É sabido
que Deus nos aceita como pecadores e pecadoras. Contudo, não podemos
abusar da misericórdia de Deus, pois o verdadeiro arrependimento vem
acompanhado do desejo de não cometer o mesmo pecado. Tanto que Jesus já
dizia: "Os teus pecados estão perdoados. Vá e não peques mais".
Se
acreditarmos que Jesus morreu e ressuscitou para que nossos pecados
fossem perdoados, precisamos anunciar isso a outras pessoas para que
também elas tenham a oportunidade de se arrepender e obter o perdão de
Deus. A busca da salvação não pode acontecer com o intuito de haver
vencedores e perdedores. Importa que todos tenham chances de ser
alcançados pela graça de Deus, pois na fé não há espaço para egoísmo e
individualidade. A busca da salvação é feita de mãos dadas para que
todos cheguemos juntos na reta final. É por isso que recebemos a missão
de Jesus de anunciar o seu Evangelho a todas as nações. Esse anúncio
começa quando aceitamos a mensagem da salvação em Cristo e, crendo nela,
a anunciamos a outras pessoas.
A salvação pode ser comparada
com uma estória que vem do continente africano. Ela diz que certa vez um
antropólogo queria testar a resistência e a agilidade das crianças de
uma tribo. Ele colocou uma cesta cheia de doces a cerca de quinhentos
metros de distancia de um grupo de crianças e as desafiou dizendo que
quem chegasse primeiro naquela cesta podia comer todos os doces. Para a
surpresa do antropólogo as crianças correram de mãos dadas e chegaram
todas juntas. Quando as indagou querendo saber do por que desta ação,
uma das crianças respondeu: "Não ficaríamos felizes se uma só criança
comesse os doces, mas ficamos felizes em poder partilhar entre todos
nós".
Os discípulos de Jesus foram as primeiras testemunhas da
ressurreição e também foram os primeiros a anunciar o Evangelho,
começando por Jerusalém e indo a lugares mais distantes. Depois deles,
muitos foram os que anunciaram a Palavra de Deus em diferentes regiões
da terra. Certamente, você e eu estamos aqui porque alguém falou desse
Deus maravilhoso para nós. Agora é a nossa vez de anunciar, de falar do
grande amor que Deus tem por seus filhos e suas filhas. Não precisamos
de grandes discursos, mas de pequenos testemunhos que fazem com que as
pessoas percebam a presença de Deus em suas vidas. Por isso precisamos
viver esta fé em comunidade, família e sociedade e assim, com pequenas
ações, trazer sinais do Reino para o nosso cotidiano.
Talvez
você se sinta pequeno ou pequena diante de tão grande desafio. No
entanto, tenha a certeza de que muitas outras pessoas precisam do seu
conhecimento, do seu testemunho e da sua ajuda para crescer na fé. Um
exemplo vindo da América Central nos ajuda a perceber isso: Um Pastor,
logo após o estudo bíblico, se surpreendeu quando uma pessoa disse que
precisava ir imediatamente falar da Bíblia para seus irmãos, ao que o
pastor questiona dizendo: "mas, você só conhece umas três palavras da
Bíblia". Mas aquele senhor respondeu: "Pastor, você tem razão, mas meus
irmãos não conhecem nenhuma".
Eu convido você para ajudar na
missão de Deus a fim de construirmos, em conjunto, uma comunidade jovem,
uma Igreja viva. Que Deus nos abençoe.
P. Valdir R. Gromann
Maripá, PR, Brasil
E-Mail: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
3º Domingo da Páscoa, 22.04.2012
Graça e paz daquele que foi, que é e sempre será o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém.
Prezada comunidade!
Se
alguém entrasse aqui, neste instante, gritando que Jesus está chegando e
que virá imediatamente para cá a fim de agradecer pelo fato de estarmos
aqui reunidos em seu nome, o que você diria a esta pessoa? Você diria a
ela obrigado por trazer tão maravilhosa notícia? Ou diria: Vai se
tratar você é uma pessoa louca que não sabe o que o que está dizendo?
Certamente
você e eu optaríamos pela segunda resposta. Teríamos dificuldades em
acreditar que algo tão maravilhoso viesse acontecer justamente aqui.
Temos dificuldades em acreditar em boas notícias, tanto que um ditado
popular diz que "quando a esmola é grande até os santos desconfiam".
Com
os discípulos de Jesus não foi diferente. Eles também não queriam crer
que o Mestre havia ressuscitado. Por isso, não o reconhecem. E quando
Ele os saudou se assustaram pensando que ele era um fantasma. Para
provar que Ele era o Cristo Ressurreto, Jesus deixou que o tocasse,
mostrou as marcas da crucificação nas mãos e nos pés e ainda pediu algo
para comer.
De modo semelhante os israelitas não quiseram
acreditar naquilo que seus olhos viram quando da cura de um coxo que
todo dia era levado para um dos portões do Templo. Ficaram assombrados e
tinham os olhares atônitos fixos em Pedro e João. Assim nós lemos no
livro dos Atos. Às vezes é difícil crer naquilo que os olhos enxergam.
Assim
como foi necessário Jesus abrir a mente dos discípulos, assim é
necessário que também a nossa mente seja aberta a fim de que
compreendamos o que realmente aconteceu naquele dia de Páscoa. Só assim
entenderemos que a cruz não foi um crime passional, mas tudo já havia
sido premeditado por Deus. Isso não quer dizer que Deus queria ver o
sofrimento de Cristo, mas era esta a forma de derrotar o Maligno e
garantir a nossa salvação. A doação da vida de Jesus era algo que o
Diabo não esperava e ali ele sofreu sua maior derrota.
Há pouco
mais de quinze dias, lembrávamos do sofrimento que Cristo passou para
que os nossos pecados fossem perdoados. Certamente, neste período,
voltamos a pecar e a pedir perdão, como fizemos hoje no início deste
culto. Isso nos mostra que como seres humanos continuaremos pecando e
necessitando do perdão de Deus. É em momentos como estes que somos
chamados a analisar nossa conduta como filhos e filhas de Deus. É sabido
que Deus nos aceita como pecadores e pecadoras. Contudo, não podemos
abusar da misericórdia de Deus, pois o verdadeiro arrependimento vem
acompanhado do desejo de não cometer o mesmo pecado. Tanto que Jesus já
dizia: "Os teus pecados estão perdoados. Vá e não peques mais".
Se
acreditarmos que Jesus morreu e ressuscitou para que nossos pecados
fossem perdoados, precisamos anunciar isso a outras pessoas para que
também elas tenham a oportunidade de se arrepender e obter o perdão de
Deus. A busca da salvação não pode acontecer com o intuito de haver
vencedores e perdedores. Importa que todos tenham chances de ser
alcançados pela graça de Deus, pois na fé não há espaço para egoísmo e
individualidade. A busca da salvação é feita de mãos dadas para que
todos cheguemos juntos na reta final. É por isso que recebemos a missão
de Jesus de anunciar o seu Evangelho a todas as nações. Esse anúncio
começa quando aceitamos a mensagem da salvação em Cristo e, crendo nela,
a anunciamos a outras pessoas.
A salvação pode ser comparada
com uma estória que vem do continente africano. Ela diz que certa vez um
antropólogo queria testar a resistência e a agilidade das crianças de
uma tribo. Ele colocou uma cesta cheia de doces a cerca de quinhentos
metros de distancia de um grupo de crianças e as desafiou dizendo que
quem chegasse primeiro naquela cesta podia comer todos os doces. Para a
surpresa do antropólogo as crianças correram de mãos dadas e chegaram
todas juntas. Quando as indagou querendo saber do por que desta ação,
uma das crianças respondeu: "Não ficaríamos felizes se uma só criança
comesse os doces, mas ficamos felizes em poder partilhar entre todos
nós".
Os discípulos de Jesus foram as primeiras testemunhas da
ressurreição e também foram os primeiros a anunciar o Evangelho,
começando por Jerusalém e indo a lugares mais distantes. Depois deles,
muitos foram os que anunciaram a Palavra de Deus em diferentes regiões
da terra. Certamente, você e eu estamos aqui porque alguém falou desse
Deus maravilhoso para nós. Agora é a nossa vez de anunciar, de falar do
grande amor que Deus tem por seus filhos e suas filhas. Não precisamos
de grandes discursos, mas de pequenos testemunhos que fazem com que as
pessoas percebam a presença de Deus em suas vidas. Por isso precisamos
viver esta fé em comunidade, família e sociedade e assim, com pequenas
ações, trazer sinais do Reino para o nosso cotidiano.
Talvez
você se sinta pequeno ou pequena diante de tão grande desafio. No
entanto, tenha a certeza de que muitas outras pessoas precisam do seu
conhecimento, do seu testemunho e da sua ajuda para crescer na fé. Um
exemplo vindo da América Central nos ajuda a perceber isso: Um Pastor,
logo após o estudo bíblico, se surpreendeu quando uma pessoa disse que
precisava ir imediatamente falar da Bíblia para seus irmãos, ao que o
pastor questiona dizendo: "mas, você só conhece umas três palavras da
Bíblia". Mas aquele senhor respondeu: "Pastor, você tem razão, mas meus
irmãos não conhecem nenhuma".
Eu convido você para ajudar na
missão de Deus a fim de construirmos, em conjunto, uma comunidade jovem,
uma Igreja viva. Que Deus nos abençoe.
Amém.
P. Valdir R. Gromann
Maripá, PR, Brasil
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