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Mensagem por crscapixaba-admin Qua Set 19, 2012 10:06 am

Marcos 9.30-37



Título: Perguntar sem medo!
Ocasião: Domingo de Oferta Nacional na IECLB para a Missão entre Indígenas.

Cara Comunidade,
Jesus
e os discípulos estão a caminho para Jerusalém. Tinham presenciado
curas de cegos, mudos e surdos, o milagre da multiplicação dos pães,
discussões com os escribas e fariseus, a transfiguração de Jesus... O
grupo estava entusiasmado com o seu movimento, sobretudo com o seu
mestre e líder. Ele conseguia realizar curas - como a cura de um jovem
possesso - que eles ainda não conseguiam. Estavam confiantes de que em
Jerusalém assumiriam com ele o poder. Já negociavam cargos entre si. O
Reino de Deus estava próximo - Jesus o dissera várias vezes. A partir de
Jerusalém transformariam todas essas ações amorosas em políticas
públicas. As pessoas sofridas seriam as mais felizes com esse evangelho.
Mas,
havia uma palavra de Jesus atrapalhando. Ele já tinha tocado uma vez no
assunto. Disse que haveria rejeição a Ele - como é que alguém pode
rejeitar uma proposta tão boa como essa de Jesus!? Não eram apenas
promessas, eram ações e soluções para os empobrecidos! Alguns tinham
deixado seu barco e seus afazeres para seguir Jesus e, agora, ele fala
em sofrer e até morrer? Jesus e o seu poder de cura - isso não rima com
morte, isso é um absurdo, não pode ser! Claro que haverá interesses
feridos, gente perdendo poder... Mas, sofrimento e morte? Jesus
repreendera Pedro por tê-lo contrariado, da primeira vez. E agora, está
tocando nesse assunto, pela segunda vez. Que negócio é esse?! Não dava
para compreender. Melhor nem perguntar!
Medo de
perguntar: quantas vezes nós já passamos por essa situação! O medo de
perguntar vem da sensação de que a pergunta já traz à tona uma realidade
pressentida, da intuição de que a resposta pode ser chocante, tirar a
gente do sério, obrigar a gente a mudar de idéia, de mentalidade e até
mesmo de atitude. O medo de perguntar se apresenta em momentos críticos
da nossa vida. E, mesmo que Jesus tenha dito: "conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará" a gente tem medo do que essa verdade possa ser.
E
se for mesmo câncer? Alzheimer, Parkinson, Diabetes... Um diagnóstico
médico desses soa quase como uma sentença de morte. É compreensível que
tenhamos medo de perguntar. O mínimo que o futuro reserva nesses casos é
uma diminuição na qualidade de vida da pessoa e de sua família. Conheço
pessoas que não vão ao médico para fazer consultas e avaliações de
rotina, porque temem um diagnóstico que mude o curso de sua vida. O medo
de perguntar pode levar a uma situação em que uma resposta terminante
pode chegar de surpresa, e então já é tarde!
Medo
de perguntar: conhecemos isso do tempo da escola e do ensino
confirmatório. Quem pergunta, revela que não sabe, se expõe, arrisca
levar gozação dos colegas. Quem pergunta muito, então, é um burro
completo! Ou então passa a ser visto como queridinho da professora ou do
pastor. Cabe perguntar: por que isso é assim? Por que se cria um
ambiente desfavorável às perguntas, se a gente sabe que boas perguntas é
que fazem a humanidade progredir. Talvez, a gente deveria perguntar
quem são as pessoas ou grupos que temem as perguntas. Perguntar pode
incomodar, tirar da zona de conforto; questiona a postura do "tudo o que
eu sei, já me basta; não preciso e não quero aprender nada que me faça
mudar de opinião".
Ora, este não é o caso de
crianças entre dois e quatro anos, naquela fase das perguntas que por
vezes deixam os adultos malucos. O que é isso, mãe? Por que isso é
assim, pai? Por que não é diferente, mãe? Por que, por que, por que...
Literalmente perfuram a gente de perguntas. Parece que elas têm prazer
em manter a mãe e o pai ocupados. É a fase das descobertas, a fase em
que apreendem o mundo ao seu redor. Pois é, quem quer aprender, tem que
perguntar! Vocês já encontraram algum adulto que pergunta assim? Parece
que em nossa sociedade há muitos mecanismos de poder e de controle
avessos a perguntas. Crianças ainda são livres de preconceitos e dessa
pressão social de não perguntar. Não admira que Jesus tenha colocado uma
criança no meio dos discípulos, dizendo que quem a receber, recebe a
Ele próprio e Àquele que O enviou.
Principalmente
na cultura que nossos antepassados trouxeram da Europa é possível
observar certo desprezo por perguntas e uma predileção por respostas e
afirmações. Dúvidas são depreciadas, certezas são elogiadas. Estranho é
que isso não está na lógica dos filósofos gregos, dos quais um disse a
célebre frase: "eu sei que nada sei" e outro disse "quanto mais eu vou
aprendendo, mais eu constato o quão pouco eu sei". Essa cultura veio ao
Brasil com aspirações de ser uma cultura civilizatória. Comportou-se
como uma cultura superior, melhor e mais avançada do que outras
culturas. Por isso, dentro dela perguntar não é incentivado. Respostas
duram apenas algum tempo. Perguntas é que fazem a história progredir.
Culturas
que não têm essa aspiração conquistadora e colonizadora reservam outro
espaço para perguntas. Elas admitem que o seu saber não é único, que há
diferentes saberes e que a gente não tem capacidade de ter todos os
saberes. Portanto, ser curioso, perguntar é a coisa mais natural do
mundo e não diminui a pessoa. Nessas culturas, em geral, os mais velhos
são os detentores do saber que os mais novos vão buscar para compreender
o mundo e as verdades da vida. Refiro-me às culturas de origem africana
e indígena.
Nesse domingo, que abre a semana das
etnias e culturas, vamos agradecer a Deus, pela diversidade das formas
humanas de organizar a vida, vamos agradecer pela diversidade das
plantas, dos animais. Vamos agradecer a Deus que mantém a vida em nosso
planeta justamente com essa diversidade toda. Nesse culto, vamos
recolher a oferta em todas as comunidades de nossa igreja, para apoiar a
missão entre e junto com indígenas de nossa igreja. Esse ano, o COMIN
(Conselho de Missão entre Índios) celebra 30 anos de existência. No
encontro com as culturas indígenas, nossos pastores e pastoras, nossos
educadores, antropólogos, lingüistas, juristas, sociólogas, enfermeiras
ensinam e ajudam as comunidades indígenas, ao mesmo tempo, em que
aprendem muitas coisas diferentes e que fazem a gente pensar sobre a
nossa própria cultura. Um pouco disso, compartilhamos com vocês, a
partir desse tema do medo de perguntar.
Uma
primeira coisa que a gente aprende é que perguntar não é sinal de
fraqueza. É parte inerente da vida, até ao seu final. Novas descobertas e
sacadas geralmente são absorvidas através de longos silêncios. Muitas
perguntas não têm respostas rápidas; precisam de tempo para se assentar e
receber um tratamento adequado. Algumas, depois de algum tempo, talvez
até se revelem como perguntas inadequadas, equivocadas, que não levam
adiante. Mas, para isso precisa de tempo. Urge reaprendermos a tomar
tempo para as coisas essenciais da vida.
Contudo,
a questão não é só perguntar, mas interessar-se pelas perguntas dos
outros. Francisco Apurinã, um líder indígena da Amazônia, antes de
palestrar a convite do COMIN, dizia: "Estou curioso pelo que as pessoas
vão perguntar. Me interessa muito saber, pelo que elas se interessam".
Em geral, as culturas indígenas são receptivas para o outro e para o
diferente, sem ter aquela compulsão de transformar logo o outro em um
ser igual.
Outra coisa interessante é que na
cosmovisão indígena também os outros seres vivos têm saberes. O ser
humano não foi diminuído por observar o joão-de-barro, como ele faz a
sua morada, onde ele busca o barro para aquela casinha resistente, para
depois fazer as paredes de sua própria casa. Para aprender a plantar
pinheiros, foi importante observar como a gralha azul morde a parte de
trás do pinhão. Quanta pancada ignorante seres humanos não deram para
quebrar os ouriços de castanha-do-pará, até aprender dos macacos que
cada ouriço tem um ponto fraco, batido um contra o outro, racha sem
violência. Observar como o japim faz o seu ninho sempre junto de
marimbondos que protegem os ovinhos e os filhotes dos outros predadores
da floresta é um ensinamento sobre solidariedade entre diferentes. Com a
ajuda de vocês, poderíamos aumentar essa lista. Quer dizer, não somos
apenas nós, os humanos, que temos saberes. Animais também têm. Muitos
povos indígenas entendem que os animais, lá por dentro em sua essência,
também são humanos, só que se apresentam de outra forma. E se olharmos
para a nossa história bíblica da criação, vamos ver que os animais são
formados do mesmo humus como os seres humanos (Gn 2.18s). Vejam que o
saber indígena nos abre outro olhar sobre a própria Bíblia.
Perguntar
é algo evangélico, é uma postura que abre a mente e o coração para o
novo. Jesus também pergunta e ouve, antes de falar. Perguntar é o
primeiro passo para o diálogo e o encontro com o desconhecido. Perguntas
também têm aquele outro aspecto de desinstalar a gente, de fazer da
gente uma metamorfose ambulante, "para mudar aquela opinião formada
sobre tudo", como cantava Raul Seixas. Talvez a gente descubra que não é
melhor nem maior, nem pior, nem menor, apenas diferente!
Gostaria de, hoje, animar a comunidade a perguntar sem medo. Perguntar com humildade (humildade vem de humus e no fundo é a essência humana)
sobre a história de nossos antepassados com as comunidades indígenas.
Perguntem a seus avós e bisavós. Perguntem a colegas do COMIN. Perguntem
a amigos e amigas que se aprofundaram nas questões indígenas. Vamos
procurar entender melhor essa história de encontros e desencontros, de
solidariedade e de conflitos. Na história, dois mundos totalmente
diferentes bateram um contra o outro e dessa colisão ainda hoje existem
muitas questões desconhecidas e não resolvidas. É provável que se
descubra fatos de arrepiar, mas é provável também que haja surpresas com
as trocas e a solidariedade compartilhada.
Muita
gente não pergunta a respeito, porque tem medo das respostas ou de que
seja necessário mudar de pensamento e de atitude. De fato, há muita
história de sofrimento que está escondida nas sombras da nossa
subconsciência e que, quando remexida e trazida à consciência, irá
reprisar sofrimentos e dores. Sabemos de menos sobre essa história. Faz
apenas pouco mais de 20 anos que a Constituição Federal reconheceu o
direito de as comunidades indígenas existirem e viverem com seu próprio
jeito - isso depois de 500 anos de massacres. Apesar disso, as
comunidades indígenas estão para a sociedade brasileira como o canário
que os trabalhadores na Inglaterra levavam para as minas de carvão.
Quando o canário começava a passar mal, os mineiros sabiam que era hora
de abandonar os corredores da mina, pois o ar estava envenenado e logo
mais eles também passariam mal. Como o canário, os povos indígenas estão
com dificuldades de respirar, porque o ar na sociedade brasileira está
se tornando envenenado para eles. Pouca gente sabe, mas há alguns
políticos brasileiros querendo eliminar direitos indígenas da
constituição. Ao contrário dos mineiros de carvão, a sociedade
brasileira não terá para onde correr.
Todavia,
também há histórias de trocas e de solidariedade. As famílias imigrantes
nessa nova terra desconhecida aprenderam dos indígenas sobre plantas
alimentares, por exemplo, que a mandioca não é plantada com um grão de
semente, mas com um pedaço do caule. No vale do Itajaí em Santa
Catarina, na época da colonização, as mulheres colocavam o que sabiam
fazer, pães e outras comidas cozidas para os indígenas comerem. Os
indígenas, por sua vez, traziam mel, carne de caça, farinha de pinhão.
Não se sabe quem iniciou essas trocas. Mas, o fato de que elas
aconteceram é uma grande esperança para o futuro. Talvez até alguns
descendentes de imigrantes descubram raízes indígenas em sua própria
história. E não precisa ser raiz genética, pode ser também raíz
cultural. O chimarrão, por exemplo, é uma bebida típica dos povos
indígenas do sul. E dá para imaginar as comunidades da IECLB no sul, sem
esse costume agregador e amistoso?
Esse
assunto, na verdade, é complexo, não é fácil de entender. E, não há
respostas rápidas. É assunto para gerações. Então, as pessoas têm a
mesma reação dos discípulos de Jesus: "deixa quieto, não é bom mexer;
talvez isso, com o tempo, se resolva sozinho..." Mas, a história não
funciona assim! As questões não resolvidas na história alcançam as
gerações seguintes. Mas, depois da cruz vem a ressurreição, como Jesus
afiançou aos seus discípulos.
Levem esses
impulsos para casa, meditem-nos com longos silêncios em seu coração. Não
tenham medo de perguntar. Tenhamos coragem, pois Deus prometeu estar
sempre conosco nesse caminho.
Amém!



P. Hans A. Trein
São Leopoldo, RS, Brasil
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