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Atos 1.2-11 - prédica Ascenção de Jesus
Cristão Luterano :: Liturgias e Prédicas - COMENTÁRIOS BÍBLICOS :: Prédicas - alocuções - homilias para o Ano litúrgico
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Atos 1.2-11 - prédica Ascenção de Jesus
Atos 1.2-11,
Dia da Ascenção de Nosso Senhor , 21.05.2009
Dia da Ascenção de Nosso Senhor , 21.05.2009
Horst R. Kuchenbecker
Celebramos hoje o grande dia da Ascensão de Cristo. Uma festa do Novo Testamento, mas já os fiéis do Antigo Testamento se alegravam neste dia do futuro. Lemos no Salmo 47: Subiu Deus por entre aclamações, o SENHOR, ao som de trombeta. Salmodiai a Deus, cantai louvores; salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores. Deus é o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cântico. (Salmos 47.5-7) E nós cantamos na liturgia da Santa Ceia: Levantai os vossos corações, Levantemo-los ao Senhor! (Lm 3.41) Temos bons motivos para tanto, especialmente nesse dia, e também porque na Santa Ceia Cristo está presente. Ele nos dá com, em e sob o pão, seu verdadeiro corpo, e com, em e sob o vinho o seu verdadeiro sangue, dados e derramados por nós, para remissão dos pecados.
A ascensão de Jesus é o clímax de sua encarnação, de sua obra redentora. Ele, como nosso irmão na carne e nosso substituto, cumpriu perfeitamente a lei de Deus, pagou pelos pecados de toda a humanidade, lutou e venceu nossos inimigos: pecado, morte e Satanás. Assim Jesus reconciliou a humanidade com Deus lhe conquistou maravilhosa e completa salvação, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Após a sua ressurreição, Jesus se manifestou durante 40 dias a seus discípulos. Então subiu ao céu, assentou-se à direita do Pai, que lhe entregou todo o poder sobre céu e terra. Ele agora governa sobre tudo e todos. Vejamos este maravilhoso acontecimento e seu significado para nós.
O fato foi profetizado no Antigo Testamento e predito por Jesus. Jesus não queria simplesmente subir ao céu após sua obra redentora. Sua ascensão foi determinada na eternidade e anunciada pelos profetas. O salmo 47, que lemos há pouco, deixa isso bem claro. Por outro, Jesus o anunciou durante sua vida. Ele disse: Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai. (João 16.28) E a Maria Madalena ele disse: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. (João 20.17)
O lugar de sua ascensão. O lugar de sua ascensão foi o monte das Oliveiras ou Olival, a cujos pés estão a cidade de Betânia e do outro lado do monte, a cidade de Jerusalém. No monte das Oliveiras havia muitas árvores: oliveiras, palmeiras, figueiras, etc. A oliveira tornou-se um símbolo da paz e da graça de Deus. Quando a pomba retornou à arca de Noé, ela trouxe no bico um ramo de oliveira, sinal que a ira de Deus passou e sinal do Espírito Santo. Na carta aos hebreus lemos: Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros. (Hebreus 1.9)
Deste monte Jesus subiu ao céu, para do céu dar-nos tudo o que ele conquistou: perdão dos pecados, paz de consciência, o dom do Espírito Santo e encher nossas almas da esperança da vida eterna. Deste monte, Jesus iniciou sua entrada triunfal em Jerusalém, para ali padecer, sofrer, morrer e depois ressuscitar. Nesse monte lutou em oração a ponto de suar gostas de sangue. Desse monte subiu, agora, triunfalmente no céu. Os anjos que o confortaram em sua luta, agora o recebem no céu. Neste mesmo monte, Salomão havia construído os templos para os ídolos de suas mulheres que lhe perverteram o coração (1 Rs 11.7) Daqui Jesus envia, agora, seus apóstolos para conquistarem o mundo pelo evangelho.
Ele subiu de forma visível. Sua ascensão foi visível. Jesus não desapareceu simplesmente, como Enoque. (Gn 5.24) A ascensão de Cristo foi real. É um evento histórico. Os apóstolos o testemunharam e proclamaram. O fato foi incluído no Credo Apostólico, e todos os cristãos o confessam. A ascensão não foi um evento "espiritual", existindo somente na imaginação mística dos apóstolos. Ele realmente subiu visível da terra ao céu, ignorando a lei da gravidade. Ao subir diretamente ao céu, abençoou seus discípulos, até que uma o encobriu e eles não o viram mais. O Salmo afirma: Tomas as nuvens por teu carro e voas nas asas do vento. (Salmos 104:3) O profeta Daniel viu isto em suas visões, escreveu: Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (Daniel 7.13-14) Esta ascensão mostra que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, ele subiu ao céu como homem, pois nele as duas naturezas a divina e a humana estão unidas de forma inseparável numa só pessoa.
As testemunhas do evento. Após sua ressurreição, Jesus se manifestou vivo durante 40 dias a seus discípulos, com provas infalíveis. Ele apareceu a Maria Madalena na sepultura aberta e às mulheres que vieram embalsamar seu corpo. Elas encontraram a sepultura aberta e dois anjos que perguntaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? (Lucas 24.5 RA) Assustadas, saíram correndo. No caminho Jesus se manifestou a eles. (Mt 28.9) Jesus se revelou a Pedro (Lc 24.34), aos discípulos de Emaús (Lc 24.13), e à noite a todos eles (Lc 24.36), na outra semana mais uma vez a todos eles e também a Tomé. (Jo 20.24) No mar da Galiléia apareceu s sete dos discípulos e depois a mais de 500 pessoas num monte (Jo 21) que ele lhes havia determinou. Jesus aproveitou os últimos dias para ensinar e fortalecer a fé de seus discípulos.
Os apóstolos testemunharam o evento. Até este momento, eles ainda não haviam compreendido corretamente o que era o reino de Cristo. Por isso lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? (v. 6) Pensavam na maneira dos fariseus, que esperavam um reino material aqui na terra, como os milenaristas em nossos dias. Eles esperam que Jesus voltará visível para erguer em Jerusalém um reino material, e que reinará mil anos na terra, erguendo um reino de paz, no qual os judeus serão privilegiados. Estão completamente enganados. Jesus rejeitou tal impressão e respondeu: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; (Atos 1.7) Então lhes explicou que receberiam o Espírito Santo para serem suas testemunhas... até aos confins da terra. (v.8) O Consolador os orientará, como Jesus havia dito: O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João 14.26)
Dois anjos também são testemunhas. Duas testemunhas são requeridas para estabelecer a verdade. Aqui temos dois anjos. Assim como os dois querubins de ouro estavam sobre a arca do conserto, dois anjos testemunham da ascensão de Cristo. Anjos haviam sido colocados na entrada do paraíso, de onde os homens foram expulsos por causa do pecado, para que não comessem da árvore da vida. Agora os anjos falam cordialmente com os discípulos e lhes anunciam que o céu foi aberto. Jesus entrou no mesmo como precursor dos salvos e mostram como a Ascensão está conectada à segunda vinda de Cristo. Isto mostra que nos importa viver uma vida em verdadeira fé santificação até aquele dia.
Lucas relata: Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. (Lucas 24.51) Este abençoar não foi simplesmente um desejo piedoso, um simples: Adeus aos discípulos, mas um ato solene e sacerdotal. Levantar as mãos é, nas cortes, um sinal de juramento; é também um ato sacerdotal, como na bênção araónica. Aqui Jesus o faz como o verdadeiro sumo sacerdote, o Filho de Deus. De suas mãos, que estavam pregadas na cruz, fluem agora graça e poder.
Quando subiu ao céu, ele não deixou o mundo. Ele disse: E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mateus 28.20) Ele está aqui, com seus fiéis, especialmente onde dois ou três estão reunidos em seu nome. Só que agora não podemos vê-lo. Ele ocultou sua presença visível na terra, mas no fim dos tempos, ele voltará visível e todos o verão. Lemos: E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir. (Atos 1.10-11)
O que aconteceu realmente na ascensão de Jesus? O salmo 68 o explica: Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro; recebeste homens por dádivas, até mesmo rebeldes, para que o SENHOR Deus habite no meio deles. Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação. (Salmos 68.18-19) Assim Jesus tomou lugar no céu como nosso precursor e levou cativo o cativeiro, nosso cativeiro pecado, morte e o diabo. Ele os levou cativos e nos dá em resposta perdão, vida e a eterna salvação. Ele recebeu dons para nós: o Espírito Santo e o santo ministério.
Ele subiu para tomar seu lugar à direita de Deus e governar como Rei. Ele governa o mundo, com poder, sua igreja, com graça e aos que estão na glória, com glória. Ele foi para nos preparar lugar. Sua trajetória ao Gólgota, sua ressurreição, sua ascensão, o assentar-se à direita do Pai, o interceder por nós, tudo isso faz parte do seu ir ao Pai e nos preparar lugar. Ele é nosso Advogado junto ao Pai. Nele temos perdão. Ele nos protege e nos firma na fé, nos guia no caminho para alcancemos o fim que desejamos, de sermos recebidos pelo Pai.
Não devemos esperá-lo, agora, olhando simplesmente para o céu. Cumpre-nos, sim, levantar nossos olhos e corações ao alto, como o afirma o apóstolo Paulo: Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra. (Colossenses 3.1-2) Importa vigiar e orar, para não sermos envolvidos de tal maneira pelas coisas do mundo, a ponto de seguirmos as inclinações de nossa carne. Cumpre-nos mortificar diariamente nosso velho homem e fazer ressurgir o novo homem que vive diante de Deus em perfeita justiça e santidade. Ele virá em breve para julgar vivos e mortos. Levantai os vossos corações. Levantemo-los ao Senhor. Amém.
Rev. Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS, Brasil
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