Lucas 14.15-24 - pregação - a grande ceia

Prédica de Lucas 14.15-24

Por Carlos Rominik Stur
Florianópolis, 10 de abril de 2011


Meus amados irmãos/ãs! Jesus veio ao mundo para servir e interceder pela vida das pessoas (1 Tm 1.15, 2.4). Por amor, Deus enviou seu único Filho para salvar o mundo, ensinar o amor de Deus, perdoar os pecados e curar as enfermidades. Tudo o que Jesus fez neste mundo foi para reconciliar-nos com Deus, trazer-nos a paz e a vida em abundância (Rm 5.1).
A vida e os ensinamentos de Cristo sempre apontaram para o Reino de Deus. Para grandes multidões, Jesus pregou esta verdade, utilizando as parábolas para ensinar. Na intenção que todos compreendessem o que é o Reino de Deus, Jesus utilizava características comuns e costumes da época para falar sobre o Seu Reino. As parábolas são comparações referentes ao Reino.
Conforme Lucas 14.15-24, Jesus contou uma parábola de um grande banquete. LEITURA DE LUCAS.
O que acontece quando planejamos uma festa de aniversário? Uma das coisas mais importantes a fazer é enviar convites, convidar várias pessoas para a comemoração. Porém, nem todos comparecem a festa como combinado. Há pessoas que justificam a ausência por causa de uma doença ou de compromissos inadiáveis. Mas, há aqueles que mentem para não ir, ou que “fazem pouco caso”, ou articulam uma desculpa “esfarrapada”.
Em Lucas 14, Jesus contou uma parábola de um grande banquete, muitos que foram convidados “fizeram pouco caso”. É significativo que Jesus compare o Reino de Deus a uma grande festa ou ceia. Pois, o Reino é o lugar mais alegre de se estar. A alegria de comer e de beber à mesa de Cristo no seu reino é motivo de alegria para todos os que crêem n’Ele. Como diz Lucas: “Bem-aventurado (feliz) aquele que comer pão no reino de Deus” (Lc 14.15).

1. O nosso Senhor Jesus é quem faz o convite participarmos do grande banquete. Ele nos convida para entrar no Reino: “Vinde, pois tudo já está preparado” (Lc 14.17). Cristo preparou uma grande ceia para nós. Desde o Seu nascimento, Jesus preparou a chegada do Reino.

2. Na parábola que Jesus contou, o anfitrião é o próprio Deus. Os convidados com antecedência representam os judeus, o povo escolhido (em Rm 9, Paulo destacou a rejeição de Jesus Cristo pelos judeus).
Contudo, os escolhidos, os primeiros convidados rejeitaram o convite, desprezaram a grande ceia do Senhor. Consequentemente, desprezaram o Filho de Deus e rejeitaram a graça e a paz do Senhor. Todos os convidados preferiram seguir com as tarefas normais a aceitar o chamado do anfitrião (Lc 14.18-20), preferiram os bens materiais a participar do grande banquete. Porém, o desejo do Senhor é ver a sua casa cheia, e por causa disto, muitos foram convidados (Lc 14.16).
Contudo, todos os que foram convidados deram uma justificativa ou uma desculpa para não ir a grande ceia. Veja as desculpas, o primeiro homem comprou um campo e precisava vê-lo (Lc 14.18), e outro homem comprou cinco juntas de bois e viria a experimentá-las (Lc 14.19). Estas desculpas só podem ser mentiras. Pois, ninguém compraria um terreno ou bois sem vê-los ou experimentá-los antes.
Os convidados deram desculpas “esfarrapadas”: é o trabalho e o comércio que estão em primeiro lugar (v.18-19); ou são os compromissos sociais e pessoais que absorvem o tempo especial para Deus (Lc 14.20). Precisamos colocar Deus acima de todas as coisas. “Temer e amar a Deus” é dá total atenção as coisas que pertencem a Ele.
Quando os convidados escolhidos para o Reino de Deus recusaram atender o chamado do Messias, Ele escolheu outros no lugar, convidou os desfavorecidos e os perdidos.

3. Conforme Lc 14.21ss, o servo do senhor convidou os pobres, os aleijados, os cegos, os coxos e os peregrinos para o grande banquete. Estes representam os coletores de impostos, os pecadores e os gentios que são convidados por Jesus Cristo (Lc 5.30-32). Conforme Lucas 5.30-32, Jesus “não veio para chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento”. Jesus veio chamar os simples e os rejeitados para encher a casa de Deus (Lc 14.23). Mesmo que os primeiros convidados desprezassem o convite do anfitrião a festa não teria seu fim. O anfitrião enviou o seu servo para convidar novas pessoas e encher sua casa.
Portanto, hoje, também nós somos convidados pelo dono da casa a participar deste grande banquete. A pergunta que o servo, Jesus Cristo, faz é: Tu tens interesse de ir à grande ceia do Senhor? Tu tens ânimo e vontade para caminhar com Cristo? Então, não permita que os bens materiais e as outras circunstâncias o impeça de participar. Dedique um tempo especialmente para Deus.
Meus irmãos, Nesta comunidade a partir do dia 24 de abril iniciará o projeto evangelístico “Todos à Bordo”. São quarenta dias de evangelização, testemunho e discipulado. E, todos vocês estão convidados a participar. “Todos à Bordo” é um programa evangelístico que está a serviço de Deus. Este projeto quer representar um pequeno sinal do Reino de Deus em nosso meio. “Todos à Bordo” é um banquete que o Senhor convida. E, por isto, não podemos deixar de participar.
O que vem de Deus é um convite, não uma convocação: “Vinde, porque tudo já está preparado”. É um convite para participarmos do seu Reino. Portanto, não criem justificativas “esfarrapadas”, desculpas ou mentiras, como o fato de dizer: “não tenho tempo, tenho compromisso”; “não posso ir porque é meu dia de folga”; “não posso ir porque farei um churrasco, uma festa”.
Se inventarmos desculpas e justificativas para não irmos, então não entendemos a importância do convite nem a Palavra do Senhor. Se estamos aqui e queremos viver com Jesus nossa vida, então somos uma igreja chamada a ouvir e a aceitar o convite para a grande ceia do Senhor. Somente os convidados tem acesso ao Reino. Podemos participar do Reino de Deus somente pela graça do Senhor e mediante a fé no Senhor Jesus Cristo.
Nós aceitamos o convite quando andamos com Jesus e vivemos em obediência as suas palavras. Crer no Senhor é o único meio para que alcancemos as maravilhas do Reino.
Vamos juntos participar deste grande banquete! Não podemos perder esta chance! Sigamos a Jesus e obedeçamos aos seus ensinamentos. Amém.