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1 Coríntios 12.1-11
Cristão Luterano :: Liturgias e Prédicas - COMENTÁRIOS BÍBLICOS :: Prédicas - alocuções - homilias para o Ano litúrgico
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1 Coríntios 12.1-11
2º Domingo após Epifania , 20.01.2013
Predigt zu 1. Coríntios 12:1-11, verfasst von Henrique Guilherme Scherer
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai, e a comunhão do Espírito Santo sejam conosco. Amém.
Querida comunidade!
Vocês
sabem que existem dons do Espírito Santo? Dons que recebemos
graciosamente? Que dons sãos esses que o Espírito Santo nos concede? E
para que servem esses dons? Vamos hoje, neste Segundo Domingo da
Epifania, deixar Deus revelar a sua graça a nós e tentar compreender o
viver a Igreja de Jesus Cristo no mundo, na nossa família, sociedade e
comunidade, a partir dos dons que o Espírito Santo nos concede.
Pois
bem, quem vai nos ajudar a responder a essas perguntas é o Apóstolo
Paulo. No texto da Primeira Carta aos Coríntios 12.1-11, Paulo afirma
que existem dons do Espírito Santo. E esses dons vêm de Deus. Não são
capacidades, talentos ou forças humanas. Eles nos são concedidos
graciosamente por ocasião do nosso Batismo. Os dons servem para
proclamar a graça de Deus, revelada a nós, por meio de seu Filho Jesus
Cristo, pelo seu nascimento, sua morte e ressurreição. Assim, se Deus
nos fez a Igreja de Jesus Cristo no mundo, então temos a bonita e nobre
tarefa de ser e permanecer esta Igreja, de participar e testemunhar o amor de Deus. Por isso, podemos dizer: "Eu vivo comunidade". Mas, como nós podemos viver os dons que Espírito Santo nos concede? O Apóstolo Paulo pode nos ajudar nisto.
No
ano de 49 depois de Cristo, o Apóstolo Paulo, durante a sua terceira
viagem missionária, chega à cidade de Corinto, na Grécia, e ali funda
uma comunidade. Corinto era uma cidade portuária, com uma intensa
movimentação, não somente econômica e social, mas também religiosa.
Muitas pessoas, vindas de diversas localidades e regiões, buscavam nesta
cidade o sustento para as suas famílias. Aliás, no início, o próprio
Paulo buscava ganhar o seu sustento, junto ao casal Áquila e Priscila,
fazendo tendas. As pessoas ali achegadas buscavam também amparo na
oferta de inúmeros deuses cultuados diante da sua nova realidade
cultural, econômica e social. E muitas dessas pessoas que estavam nesta
cidade também encontraram nesta comunidade fundada por Paulo um espaço
de apoio e auxílio na superação das suas dificuldades e angústias.
Mas,
nem todos os membros dessa comunidade compreenderam o ser Igreja de
Cristo no mundo neste sentido. Alguns julgavam ter privilégios e, por
isso, não respeitavam os mais fracos, inclusive nem os esperavam para
juntos partilharem as suas refeições. Não compreenderam que faziam parte
do mesmo corpo e que neste corpo todos têm a sua importância e função,
inclusive em acolher os mais fracos, aqueles que são desonrados pela
sociedade, por causa da sua condição social e econômica. Também havia
aqueles que negavam a Jesus como Senhor, afirmando serem membros do
partido de algum líder. Dia a dia foram surgindo conflitos nesta
comunidade. A solidariedade inicial foi se apagando. Causa? Muitos
membros não tinham compreendido corretamente o sentido dos dons do
Espírito Santo e a sua função na comunidade. Alguns achavam que Deus
lhes tinha dado poder especial que os distinguia dos demais membros da
comunidade. Havia desprezo e preconceito entre eles.
Por isso, o
Apóstolo Paulo teve que escrever esta carta. Na leitura da carta toda dá
para perceber que os elogios iniciais foram substituídos por críticas
sobre a conduta dos membros e pelo chamado para que a comunidade fique
unida e cumpra a função para qual foi criada. Ela foi criada pela ação
de um só Espírito. Quando Paulo escreve isso, ele quer afirmar que esta
comunidade não pertence a grupos, líderes, pessoas, mas a Deus. Ela é o
corpo de Cristo. Cristo é o cabeça desse corpo. As pessoas batizadas e
crentes em Cristo são os membros desse corpo. E esses membros foram
presentados com dons do Espírito Santo. Paulo cita alguns dos dons como
sabedoria, conhecimento, fé, curar, milagres, anúncio da palavra de
Deus, discernimento, a fala em línguas, a interpretação dessas línguas.
Enfim, os dons citados e existentes na comunidade devem ajudar a viver
um novo tempo, tempo marcado pela união, solidariedade, justiça,
comunhão com Deus e com o próximo.
Ninguém recebe um dom mais
importante do que outro. Ninguém tem um privilégio. Diríamos: a função
do gari é tão importante como alguém da área da saúde, da administração
pública, do pastor. Assim, os dons que Espírito Santo nos concede são em
primeiro lugar para confessar que Cristo é Senhor sobre tudo e todos,
e, partir daí, colocá-los a serviço da vida. Martim Lutero, o Reformador
da Igreja, vai relembrar aos administradores e legisladores que
assumiram os seus cargos no último dia 01 de janeiro: "O cargo dos
governantes não é de poder, mas de serviço." Ou seja, não importa qual o
dom que o Espírito Santo nos concede em sua liberdade. Ele será sempre
estará a serviço da vida.
Para ajudar a compreender os dons do
Espírito e a importância de cada um deles na comunidade, trago a
seguinte história: "Certa vez, três mães estavam buscando água num poço
bastante distante de suas casas. Enquanto aguardavam a sua vez de tirar a
água, elas comentavam os talentos dos seus filhos. Uma delas disse que o
seu filho será um grande atleta, pois o vê diariamente pulando de um
lado para o outro, correndo como uma lebre. Até o professor de educação
física da escola teria dito que ele é sempre o primeiro em todas as
corridas. A segunda mulher disse que o seu filho com certeza será um
grande cantor, pois vive cantando e tem uma voz melodiosa como o canto
de muitos pássaros nas lindas manhãs. Também o professor de música teria
dito que ele tem a melhor voz de todos os alunos na escola. A terceira
mulher estava quieta. As outras duas perguntaram: E o seu filho, que
talento ele tem? Ela, envergonhada, respondeu: O meu filho não sabe nada
disso; ele não tem nada de especial. Aí chegou o momento das três
mulheres de encherem seus baldes de água e de os levá-los para casa.
Durante a caminhada, vieram ao seu encontro os filhos. O primeiro vinha
pulando. O segundo, cantando. E o terceiro pegou o pesado balde das mãos
da sua mãe e começou a carregá-lo. Nisto elas perceberam que um senhor
estava observando o que estava acontecendo. As duas primeiras, com ar de
superioridade, perguntaram ao senhor: O que o senhor acha dos nossos
filhos? Elas, esperando um elogio, ouviram a resposta: Seus filhos? Eu
só vi um filho! Aquele que pegou o pesado balde das mãos da sua mãe e
começou a levá-lo para casa!"
Que o Espírito Santo continue nos
abençoando com seus dons para fazermos diferença neste mundo através do
engajamento na superação de todas as formas de preconceito e violência,
multiplicando o crescimento da paz nascida na noite de Natal. Isto não
para recebermos elogios, mas para manifestarmos a glória do trino Deus e
para cooperarmos em seu projeto de vida plena. Esta é a revelação de
Deus para nós hoje. Vivamo-la!
Amém.
P. Henrique Guilherme Scherer
Candelária, RS, Brasil
E-Mail: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Predigt zu 1. Coríntios 12:1-11, verfasst von Henrique Guilherme Scherer
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai, e a comunhão do Espírito Santo sejam conosco. Amém.
Querida comunidade!
Vocês
sabem que existem dons do Espírito Santo? Dons que recebemos
graciosamente? Que dons sãos esses que o Espírito Santo nos concede? E
para que servem esses dons? Vamos hoje, neste Segundo Domingo da
Epifania, deixar Deus revelar a sua graça a nós e tentar compreender o
viver a Igreja de Jesus Cristo no mundo, na nossa família, sociedade e
comunidade, a partir dos dons que o Espírito Santo nos concede.
Pois
bem, quem vai nos ajudar a responder a essas perguntas é o Apóstolo
Paulo. No texto da Primeira Carta aos Coríntios 12.1-11, Paulo afirma
que existem dons do Espírito Santo. E esses dons vêm de Deus. Não são
capacidades, talentos ou forças humanas. Eles nos são concedidos
graciosamente por ocasião do nosso Batismo. Os dons servem para
proclamar a graça de Deus, revelada a nós, por meio de seu Filho Jesus
Cristo, pelo seu nascimento, sua morte e ressurreição. Assim, se Deus
nos fez a Igreja de Jesus Cristo no mundo, então temos a bonita e nobre
tarefa de ser e permanecer esta Igreja, de participar e testemunhar o amor de Deus. Por isso, podemos dizer: "Eu vivo comunidade". Mas, como nós podemos viver os dons que Espírito Santo nos concede? O Apóstolo Paulo pode nos ajudar nisto.
No
ano de 49 depois de Cristo, o Apóstolo Paulo, durante a sua terceira
viagem missionária, chega à cidade de Corinto, na Grécia, e ali funda
uma comunidade. Corinto era uma cidade portuária, com uma intensa
movimentação, não somente econômica e social, mas também religiosa.
Muitas pessoas, vindas de diversas localidades e regiões, buscavam nesta
cidade o sustento para as suas famílias. Aliás, no início, o próprio
Paulo buscava ganhar o seu sustento, junto ao casal Áquila e Priscila,
fazendo tendas. As pessoas ali achegadas buscavam também amparo na
oferta de inúmeros deuses cultuados diante da sua nova realidade
cultural, econômica e social. E muitas dessas pessoas que estavam nesta
cidade também encontraram nesta comunidade fundada por Paulo um espaço
de apoio e auxílio na superação das suas dificuldades e angústias.
Mas,
nem todos os membros dessa comunidade compreenderam o ser Igreja de
Cristo no mundo neste sentido. Alguns julgavam ter privilégios e, por
isso, não respeitavam os mais fracos, inclusive nem os esperavam para
juntos partilharem as suas refeições. Não compreenderam que faziam parte
do mesmo corpo e que neste corpo todos têm a sua importância e função,
inclusive em acolher os mais fracos, aqueles que são desonrados pela
sociedade, por causa da sua condição social e econômica. Também havia
aqueles que negavam a Jesus como Senhor, afirmando serem membros do
partido de algum líder. Dia a dia foram surgindo conflitos nesta
comunidade. A solidariedade inicial foi se apagando. Causa? Muitos
membros não tinham compreendido corretamente o sentido dos dons do
Espírito Santo e a sua função na comunidade. Alguns achavam que Deus
lhes tinha dado poder especial que os distinguia dos demais membros da
comunidade. Havia desprezo e preconceito entre eles.
Por isso, o
Apóstolo Paulo teve que escrever esta carta. Na leitura da carta toda dá
para perceber que os elogios iniciais foram substituídos por críticas
sobre a conduta dos membros e pelo chamado para que a comunidade fique
unida e cumpra a função para qual foi criada. Ela foi criada pela ação
de um só Espírito. Quando Paulo escreve isso, ele quer afirmar que esta
comunidade não pertence a grupos, líderes, pessoas, mas a Deus. Ela é o
corpo de Cristo. Cristo é o cabeça desse corpo. As pessoas batizadas e
crentes em Cristo são os membros desse corpo. E esses membros foram
presentados com dons do Espírito Santo. Paulo cita alguns dos dons como
sabedoria, conhecimento, fé, curar, milagres, anúncio da palavra de
Deus, discernimento, a fala em línguas, a interpretação dessas línguas.
Enfim, os dons citados e existentes na comunidade devem ajudar a viver
um novo tempo, tempo marcado pela união, solidariedade, justiça,
comunhão com Deus e com o próximo.
Ninguém recebe um dom mais
importante do que outro. Ninguém tem um privilégio. Diríamos: a função
do gari é tão importante como alguém da área da saúde, da administração
pública, do pastor. Assim, os dons que Espírito Santo nos concede são em
primeiro lugar para confessar que Cristo é Senhor sobre tudo e todos,
e, partir daí, colocá-los a serviço da vida. Martim Lutero, o Reformador
da Igreja, vai relembrar aos administradores e legisladores que
assumiram os seus cargos no último dia 01 de janeiro: "O cargo dos
governantes não é de poder, mas de serviço." Ou seja, não importa qual o
dom que o Espírito Santo nos concede em sua liberdade. Ele será sempre
estará a serviço da vida.
Para ajudar a compreender os dons do
Espírito e a importância de cada um deles na comunidade, trago a
seguinte história: "Certa vez, três mães estavam buscando água num poço
bastante distante de suas casas. Enquanto aguardavam a sua vez de tirar a
água, elas comentavam os talentos dos seus filhos. Uma delas disse que o
seu filho será um grande atleta, pois o vê diariamente pulando de um
lado para o outro, correndo como uma lebre. Até o professor de educação
física da escola teria dito que ele é sempre o primeiro em todas as
corridas. A segunda mulher disse que o seu filho com certeza será um
grande cantor, pois vive cantando e tem uma voz melodiosa como o canto
de muitos pássaros nas lindas manhãs. Também o professor de música teria
dito que ele tem a melhor voz de todos os alunos na escola. A terceira
mulher estava quieta. As outras duas perguntaram: E o seu filho, que
talento ele tem? Ela, envergonhada, respondeu: O meu filho não sabe nada
disso; ele não tem nada de especial. Aí chegou o momento das três
mulheres de encherem seus baldes de água e de os levá-los para casa.
Durante a caminhada, vieram ao seu encontro os filhos. O primeiro vinha
pulando. O segundo, cantando. E o terceiro pegou o pesado balde das mãos
da sua mãe e começou a carregá-lo. Nisto elas perceberam que um senhor
estava observando o que estava acontecendo. As duas primeiras, com ar de
superioridade, perguntaram ao senhor: O que o senhor acha dos nossos
filhos? Elas, esperando um elogio, ouviram a resposta: Seus filhos? Eu
só vi um filho! Aquele que pegou o pesado balde das mãos da sua mãe e
começou a levá-lo para casa!"
Que o Espírito Santo continue nos
abençoando com seus dons para fazermos diferença neste mundo através do
engajamento na superação de todas as formas de preconceito e violência,
multiplicando o crescimento da paz nascida na noite de Natal. Isto não
para recebermos elogios, mas para manifestarmos a glória do trino Deus e
para cooperarmos em seu projeto de vida plena. Esta é a revelação de
Deus para nós hoje. Vivamo-la!
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