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Mateus 13:24-30, 36-43, Dorival Ristoff


10º Domingo após Pentecostes, 20.07.2008

Prezadas irmãs e irmãos!

Muitas expressões bíblicas se tornaram metáforas. Fazem parte inseparável da nossa cultura ocidental judaico-cristã. Por isso, expressões como "torre de Babel", "olho por olho, dente por dente", "terra prometida", entre tantas outras, são frequentemente empregadas. Na parábola de Jesus, - texto da prédica de hoje - também há uma metáfora: "o joio no meio do trigo". Um semeador, como ouvimos, semeou boa semente no seu campo. Enquanto seus empregados dormiam, veio o inimigo e semeou joio. Durante algum tempo não dava para perceber a sabotagem; o verde do joio se confundia com o verde do trigo. No entanto, tudo mudou quando, na primavera, surgiu o fruto. Aí o joio deu na vista. Os empregados, tão logo o perceberam, queriam arrancar o joio. Só que o dono do campo ordena que não o façam, "para que, ao colher o joio, não arranquem o trigo com ele".

Não arranquem o joio do meio do trigo! Este é o mandamento. Deixem os dois crescerem juntos, o bem-trigo e o mal-joio. O mundo é assim! Os dois estão presentes nele ao mesmo tempo: o bom e o ruim, o bem e o mal. Assim o vivenciamos cada dia. A vida é como este campo da parábola. Se, por um lado, nenhuma pessoa, de sã consciência, pode negar que o mundo tem coisas que encantam, por outro, ninguém, pensando realisticamente, pode afirmar que esse mundo já seja a antecipação do Paraíso, do Reino vindouro de Deus. Às vezes ele é maravilhoso, às vezes ele é terrível. O campo que a parábola descreve a situação desse mundo: o bem-trigo e o mal-joio, lado a lado.

A parábola de Jesus nos alerta, de forma contundente, a resistir à tentação de querer separar no mundo indivíduos, grupos, culturas, países em "eixos" do mal e do bem, dividir em Deus e os bons de um lado, o diabo e os maus do outro. Nada e ninguém é só bom ou mau! Para nós que nos declaramos cristãos vale a verdade que Lutero formulou assim: simul iustus et peccator, ou seja simultaneamente justo e pecador!

Disse recentemente um juiz: "Tenho medo de cometer graves injustiças". Erros, de fato, podem ocorrer quando um juiz julga, afinal ele é humano e não anjo. Por isso precisa agir conscienciosamente, já que uma condenação pode ter conseqüências para uma vida toda. Muitos juízes, em momentos extremos, deixariam, se pudessem, a tarefa de julgar com os anjos da parábola de Jesus. É, em parte, por isso que em todo Estado de Direito a Justiça é morosa estimulando até a impunidade, dado o excesso de leis criadas com o propósito de evitar, ao máximo, injustiças.

Se, por um lado, juízes num Estado de Direito têm medo de "cometer graves injustiças" na tentativa de serem justos, nós, por outro, sem medo algum, estamos constantemente incriminando alguém, condenando alguma pessoa. Exemplifico: Pessoas que, por algum motivo tropeçaram na vida são condenadas por seu fracasso. Essas pessoas querem lutar, mas são deixadas na arena da vida como sem braços, sem chance. Sua condenação reza: "Você não tem chance, aproveite-a!" O negro, pobre e favelado então é "tido como inimigo todo o dia e criminalizado a vida toda", como bem o expressa um canto de um pobre do antigo Israel (Salmo 137.14). Vejam só o que aconteceu a um jovem, seu nome é Sandro, de São Paulo: atingido por uma bala perdida foi levado a um hospital. Como não era o hospital mais próximo de seu bairro, tornou-se suspeito e por isso foi jogado numa prisão, onde ficaria enquanto não provasse a sua inocência. Sua família que lhe veio em socorro foi humilhada pelos mesmos algozes. E mais: por ter sido preso, Sandro, negro, pobre e favelado, perdeu o emprego. Não podemos deixar também de nos referir àqueles que incriminam, condenam a si mesmos. Dizem: eu não tenho valor, não sirvo para nada. A auto-condenação, tão ruim ou pior do que qualquer outra condenação, cega a vista, apequena a alma, tranca toda e qualquer janela para a vida.

Não arranquem o joio do meio do trigo! O joio? É o outro! Nós somos pessoas decentes. Esse é o título de uma história de autoria desconhecida que passo a contar: "Conheci uma escola que se modernizava a cada ano, ao menos no que se referia a prédios e instalações. A reboque desse desenvolvimento, a escola adquiriu uma máquina self-service de refrigerantes. Três colegas, amigos, desciam uma escada da escola correndo quando um deles, Carlos, tropeçou e resvalando escada abaixo trombou violentamente contra a máquina que ficava ali, ao lado. E qual não foi a surpresa? A máquina, além do barulho que fez, reagiu amistosamente liberando a saída de uma latinha de refrigerante. ‘Olhem só', disse Henrique, ‘pronto atendimento.' ‘Experimentar compensa mais que estudar', filosofou Norberto e se jogou contra a máquina, e lá estava ele em posse de uma segunda latinha. A fórmula funcionava impecavelmente. O círculo de clientes ficou maior, mas não tão grande, a ponto de comprometer o esquema. ‘Boca de siri!', era a ordem que soava todo dia. Um dia Norberto tateava, ao seu redor, à procura de sua latinha; tinha sumido. ‘Safadeza! Aqui alguém está roubando!' disse ele bufando de raiva. ‘É o fim da picada!' acrescentou Carlos fazendo coro à indignação do amigo. ‘Com certeza foi o Betão, esse cachorrão.' ‘Então foi por isso que ele se mandou logo que tocou a campainha'. Logo depois, Norberto que correu atrás de Betão informava: ´ele está mesmo com a latinha. Foi ele, não vai ter como negar.' ‘Esse cara está frito! Roubar, isso não tem entre nós!'

Betão é o mau, eles são os bons; eles são o céu, "o inferno é o outro" (Sartre). Betão rouba, eles "pegam". São pessoas decentes. "Pegar", pegar da máquina pública, dos cofres públicos, esse ato de "pegar", de apropriação de dinheiro público pelos criminosos de colarinho branco, usando máscaras de pessoas decentes e se escondendo atrás de seus nomes, pertence, na visão-joio de parte da elite brasileira, a outro mundo com outras regras. Algemas em presos, por exemplo, uma prática antiga no Brasil é chocante, não combina quando estão no pescoço de um preso de colarinho branco; no Brasil as algemas foram feitas para pescoços pretos. Por isso nenhuma novidade quando as altas autoridades soltam bandidos ricos protegendo esses delinqüentes engravatados, enquanto os réus pobres apodrecem na cadeia. Irmãos e irmãs em Cristo, com esse modelo de Justiça não podemos deixar de nos indignar, de o declarar fracassado e lutar contra ele. Nós "pegamos" da máquina, eles "roubam". Não! Jamais! A exemplo dos empregados da parábola de Jesus nos perguntamos: "Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio"? "Não, para que ao separar esse joio-justiça não arranquem com ele o trigo-democracia que (graças a Deus!) está crescendo, ainda que timidamente."

Enquanto na lavoura do mundo houver joio e trigo juntos, o mais importante não é saber sempre quem está certo ou quem está errado, mas o reconhecimento que ninguém é perfeito e que nenhuma instituição o é. A própria Igreja de Jesus Cristo nunca se compôs, em toda sua história, de pessoas perfeitas. Nem mesmo o grupo dos doze discípulos de Jesus foi perfeito. Somos, esta é a verdade, pecadores. Todos! Por isso o chamado do apóstolo Paulo deve soar forte em nossos ouvidos: "Assim, o que pensa estar de pé, fique atento para não cair". (1 Co 10, 12). Mas acima do fato de que somos pecadores, sujeitos a ser joio como qualquer pessoa, está a sublime verdade: somos declarados justos, simultaneamente, graças ao nosso Senhor, o amor, a misericórdia de Deus em pessoa.

Olhando para o modo de Jesus agir, constatamos que ele não excluiu nem mesmo os mais odiados de seu tempo, em Israel, os publicanos, esses cobradores corruptos de impostos que estavam a serviço, contra o próprio povo, de imperialistas romanos; exigiu-lhes "conversão", mudança de vida, sim, mas não os "arrancou"; Jesus não compactua com o crime, mesmo assim acolheu Pedro que o negou; contou de um pai amoroso que recebe de braços abertos, com festa, o filho pródigo; esses e muitos outros exemplos Jesus nos deixou. Vejam só: se hoje ainda estamos reunidos aqui como cristãos, podendo olhar para uma história de mais de 2000 anos, se deve a Jesus e a esse seu modo de agir, e a todos que o imitaram andando nos seus passos.

Finalizo com uma pequena história, também ela de autoria desconhecida: conta-se de um antigo rei chinês que pretendia conquistar um país inimigo e destruir seus habitantes. Mais tarde foi visto com seus inimigos comendo e se divertindo. "Não querias destruir teus inimigos?", lhe perguntaram. Respondeu ele: "Eu os destruí, transformei-os em meus amigos!".

Na certeza de um mundo vindouro transformado, em justiça, paz e salvação, celebremos já agora caminhos e passos feitos nessa direção, e a grande promessa: "Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai."

Amém.


Pastor Dorival Ristoff
Rio de Janeiro
Brasilien

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